CONVITE:

Convido todos a participar dando suas opiniões e críticas através dos comentários ou mandando textos para serem publicados (e-mail: luart2@hotmail.com).

Apresento o escritor que prefere a elegância e sensualidade de usar o pseudônimo de "Cazador", pois, acredita que a imaginação pode fluir mais solta no leitor se pouco for revelado.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CHANTAGEM (2ª Parte)

Naquele final de tarde, fiquei parada olhando o trânsito.  “O que eu faço? Como ele descobriu?” Minha cabeça estava rodando e tive uma sensação de desmaio. Segurei-me e fiquei por alguns instantes recuperando o fôlego. Ainda estava tentando entender o que estava acontecendo. Desci as escadarias do metrô, tonta e novamente olhando e encarando as pessoas. Podia ser qualquer um! Sentei-me no banco e não via a hora de chegar em casa. Meu olhar se perdeu novamente. O celular toca e tomo um susto, é a Manuela.
- Rô, onde você está?
- No metrô – respondo, quase chorando.
- O que houve? Você saiu correndo!
- Nem te conto, preciso de uma amiga, passa lá em casa?
- Claro!
Desligo o celular um pouco aliviada. Preciso de ajuda... Muita ajuda.

Hotel... Cerca de oito horas depois...

- O que você quer?
- Você vai saber, logo.
- Não!
Ele Se aproximou novamente de mim. Por mais que eu tentasse ver através daquela venda era inútil.  
- Venha comigo e continue com as mãos para trás.
Ele me levou a outro cômodo e me deixou sentada na cama. Senti um cheiro diferente no ar, amadeirado e senti mais uma presença. Meu coração acelerou novamente.
- Roberta, tem mais alguém com a gente.
- Como assim?  Você não disse nada sobre isso! Eu não tenho dinheiro, eu...
Ele colocou o dedo em minha boca e pediu para que eu calasse. Obedeci e fiquei paralisada. Passaram-se alguns segundos e senti uma mão me tocar nas costas.
- O que é isso?
- Calma, relaxa, já disse.
Senti uma seda me tocar, estava de luva macia. E eu ainda tremia de frio e continuava muito nervosa e aquele toque me deixou mais agitada ainda.  Aproximou-se mais ainda a ponto de eu escutar sua respiração. Comecei a ouvir uma musica diferente, parecia árabe, Lounge.  A pessoa tocou meu pescoço e meus ombros num movimento de vai e vem. Eu tentei me desviar daquelas mãos, mas eram insistentes demais. Eu continuava sentada com os braços para trás, em apoio. Começou uma massagem lenta, mas forte, tentei argumentar algo para que parasse.
- Sede! - eu disse.
Escutei os passos de Leonardo, ou seja lá quem for, indo para outro lugar. Quando voltou pediu-me para abrir a boca. Abri, meio receosa, e aquele tecido tocou meu queixo delicadamente e colocou o copo nos meus lábios. Gotas geladas escorreram e tocarem meu peito.
- Obrigada.
Escutei barulho de uma garrafa sendo aberta e copos sendo tocados.
- Por favor, confie em mim!
Novamente aquele toque delicado no meu queixo e um cheiro de vinho. “Não vou beber” - pensei - “O que será que eles colocaram lá?” Virei o rosto.
- Não tenha medo, não tem nada além de vinho... Confie em mim.
Eu ainda não confiava nele, mas aquelas mãos fizeram um carinho no meu rosto e não resisti. Tomei um, dois... três goles. Parecia branco, espumante e um calor invadiu meu corpo e tentei me acalmar.  
- Quero mais!
Fui atendida e bebi mais três goles. Já estava mais relaxada e pensei no que viria a seguir. Aquela musica era hipnotizante e inclinei a cabeça para trás e deitei-me. Senti o mesmo tecido do meu algoz na cama, macio e aconchegante. Então senti uma pressão nos meus ombros, aquelas mãos de novo. Massageavam sem parar e pensei em gritar e sair correndo, mas ia ser pior... Enquanto aquelas mãos trabalhavam, eu imaginei muitas coisas pra sair de lá, mas na verdade, eu estava me entregando. Não pensava em mais nada, apenas queria sentir. Pegou o meu rosto e massageou-o. Passou por minhas orelhas e desceu novamente ao pescoço. Fiquei toda arrepiada e escutava suspiros, Quem seria a pessoa da luva de seda? Um homem? Uma mulher? Já não me importava, nem mesmo com aquela venda. E comecei a chamar essa pessoa de “Você”. Tocou meus seios e meus bicos estavam enrijecidos. Eu comecei a me contorcer e a suspirar. A pessoa os apertava e massageava.
- Por favor, mais forte!
Fui obedecida prontamente. “Você” apertou mais forte e isso me deixou facilmente molhada. Eu sabia que Leonardo estava por perto, provavelmente sentado e se deliciando com aquela cena. Senti então um beijo na barriga, me assustei, a principio, mas, depois, gostei. Ouvi o barulho da garrafa do vinho e pensei: “será?” Um líquido gelado tocou minha barriga, soltei um suspiro, quase gritei. Então senti sua língua quente, como se estivesse bebendo um poço quase seco. Novamente escutei barulho de garrafa, copos e de alguém bebendo o vinho. Senti dessa vez aquele líquido cair em um dos meios seios e, depois, no outro, e logo em seguida aquela língua sugando-os e mordiscando-os. O que estava acontecendo comigo? Não me reconhecia mais: aquela moça certinha que ficava corada com olhares, naquela noite deixou de existir. O que “Você” fez comigo? Então, novamente, fui surpreendida por aquelas mãos nas minhas coxas e depois me tocando lá. Eu senti algo que jamais tinha sentido antes. Com um toque suave, virou-me de bruços. Colocou um dedo e depois dois. Um movimento de vai e vem, ordenado, me deixava excitada demais. Uma de suas mãos repousava no meu bumbum e a outra trabalhava sem parar. Eu abri mais minhas pernas, empinei meu bumbum e  balançava-o para os lados tentando  acompanhar. “’Você’, quem é você?” Ai, colocou um dedo no meu apertadinho. A principio, não queria, depois a coisa foi ficando gostosa. Eu gemia e mordia os lençóis, era incontrolável a sensação que sentia. “Você”, então, parou subitamente e quase reclamei. Senti, então, aquela língua quente se enroscar por entre minhas pernas e chupar-me. Indescritível o que senti.
- Mais forte, por favor!
Eu abri mais as minhas pernas, queria “Você” dentro de mim. Aquela língua me deixou doida e eu murmurava sem parar que queria gozar. Mas de repente, “Você” parou e eu perguntei:  “por quê?”
“Você” beijou minhas costas várias vezes, me virou e me beijou. Um beijo que jamais vou esquecer: Profundo, quente e apaixonado. Não tinha gozado ainda e fiquei esperando “Você” terminar. Mas, nada... Tudo silenciou.
-Olá! Leonardo?  “Você”?
Fiquei mais alguns instantes assim e ouvi portas se abrindo e fechando. Assustei-me com o barulho e tirei a venda. Olhei para o lado e vi um envelope vermelho em cima do travesseiro, junto com uma rosa. Antes, peguei mais um pouco de vinho e bebi três longos goles.  A carta dizia:
- Roberta, eu tinha certeza que você ia gostar. Mas, não acabou. Aguarde meu contato. Tudo está pago, inclusive o taxi que está te esperando lá embaixo para te levar para onde você quiser. Ass.: L & E
L: Leonardo. Mas quem será...E?

(Continua...)



                                                                  Cazador


domingo, 3 de junho de 2012

CHANTAGEM

O motorista do taxi percebeu que eu estava nervosa. Pelo retrovisor, ele viu que minhas mãos estavam juntas e tremiam. Eu olhava a chuva lá fora para disfarçar e procurar respostas. Mas tudo o que via era a chuva castigando o asfalto e dançando com o vento forte. Não demorou muito e o taxi me deixou em frete ao Hotel. Desci correndo e parei na cobertura. Olhei para os lados para ver se tinha algum conhecido. As pessoas passavam por mim apressadas e não notavam meu sofrimento. Mesmo assim olhava para elas pedindo, silenciosamente, ajuda.  Entrei no Hotel São Raphael. Passei várias vezes por ele, nunca pensei um dia entrar. Sabia que, aquele local, era preferido dos casais e de prostitutas. E eu me vestia como uma, a pedido dele.
- Por favor, apartamento 38.
- Pois não, só um momento. Quem é a senhorita?
- Roberta.
- Qual o nome da pessoa?
- Leonardo.
Ele liga e rezo para ninguém atender.
- Sr. Leonardo, Roberta está aqui. Sim, senhor, obrigado! A senhorita pode subir.
Fico desesperada, minhas mãos estão congeladas. Entro pelo corredor, num carpete todo vermelho. As janelas, com cortinas vermelhas, escondem a chuva lá fora, mas posso escutar o barulho. Paro em frente ao elevador, com portas douradas. Ele está descendo e antes de eu apertar o botão, a porta se abre e saem três pessoas de lá: um homem grande e forte e duas mulheres mal vestidas, quase nuas. Eles me olham de cima a baixo e riem. Eu fico paralisada por alguns momentos e entro nervosa. As portas se fecham e ainda consigo ouvir as risadas e mais alguns comentários sobre mim. Viro-me e olho para o espelho. Meus longos cabelos negros estão presos num coque. Estou morrendo de frio nesse sobretudo preto que, agora, está molhado. Olho para baixo e meu salto alto, também, encharcado. Olho de novo para o espelho e vejo meu próprio desespero. O elevador pára de repente e solto um pequeno grito. As portas se abrem e escuto um som alto, provavelmente vindo de uma pequena festa. Aperto o numero do andar e antes das portas se fecharem, uma mão as seguram. Eu fico olhando aquela mão por um momento, porque fico impressionada com a tatuagem que ela tem: um dragão. Vou para trás e um homem alto, num terno preto preenche todo o espaço e ele me olha fixamente nos olhos.
- Boa noite!
- Boa..boa noite! - respondo e desvio o olhar para o lado, rapidamente. Ele fica de costas pra mim, como uma montanha escondendo o sol. Ele olha para o lado tentando me ver, percebo que ele sorri. As portas se abrem e ele desaparece assim como entrou... silenciosamente. Novamente as portas se fecham, coloco as mãos na cabeça e começo a chorar.
- Meu Deus, onde estou?
O elevador pára de novo, no meu andar. Saio desconfiada, o corredor é escuro, com poucas luzes acesas. Apartamento 38. Passo por outros e escuto risadas, gemidos. Aperto a campainha, ainda estou hesitante.  
- Entre!
Abre a porta, sinto um cheiro de sândalo invadir meu nariz. Vejo uma pequena mesa e algumas cadeiras. Olho para os lados e não vejo ninguém. A janela da sacada estava aberta e posso ver que ainda chove. Tudo à meia luz e escuto uma musica bem baixa, jazz, acho.  A presa entra na toca e o caçador está por perto.
- Não se vire!
Meu coração acelerou e senti um frio na barriga que percorreu as minhas costas. Eu obedeci e fiquei quieta, esperando meu captor. Segurou meus ombros e senti suas mãos quentes.
- Estou muito feliz que você veio. Você está linda!
- O que você quer de mim?
- Eu ainda...não sei, Roberta.
- Não, você não...
- Por favor, não fique nervosa. E não se vire! 
Fiquei parada. Olhava para frente, ainda olhando a chuva cair. Ouço ele tirando algo do bolso. De repente um pano preto aparece diante dos meus olhos.
- Não, por favor!
- Não vou te machucar!
          Ele me vendou, mas com carinho. Eu estava completamente assustada e não sabia o que aconteceria. Quem seria ele? O que faria comigo?
Aproximou-se de mim, me tocando, lentamente. Eu sentia sua respiração e até a batida do seu coração. Eu queria correr, mas não podia. Suas mãos desceram e tocaram minhas coxas, percorrendo as minhas pernas, me acariciando. Eu contorcia meus lábios e sussurrava.
- Para, por favor...para.
- Roberta, eu sei que você quer.
Ele puxou minha calcinha, tirando-a. Depois, começou a tirar meu  sobretudo. Eu não vestia mais nada por baixo e fiquei só de salto alto.
- Coloque suas mãos para trás.
- Por favor, não me machuque!
- Roberta, jamais faria isso! Mas, hoje, você será minha!
Pensei em gritar, mas o que adiantaria? O que ele faria? Não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Em pensar, que, tudo começou com um telefonema...

           Oito horas antes...

- Roberta, separe isso pra mim. Tenho uma reunião na diretoria e preciso disso pronto hoje!
A sala do Sr Marcos era enorme. Sua mesa ficava no canto  e ao lado, uma janela enorme onde se podia ver toda a Av Paulista. No outro lado, uma pequena biblioteca, com livros e mais livros. Um carpete bege cobria todo o chão. E nos fundos, o banheiro. Eu odiava ter que ir na sala dele, pois ele me olhava querendo me comer.
- Sim, senhor Marcos, será feito!
Saí da sala e percorri todo o corredor, até chegar na minha mesa. Vários funcionários se gladiavam todos os dias querendo um espaço. Ir na sala do Sr. Marcos tinha duas interpretações. Uma era promoção e a outra era rua, mas também tinha uma terceira...
Voltei pra minha mesa e olhei para Manuela, ela estava rindo muito.
- Por que está rindo desse jeito?
- Ah, poupe-me, Roberta! Ele  te cantou, não?
- Claro que não!  Sr. Marcos é um homem casado!
- Roberta, olha pra você! Uma morena linda, cabelos longos, seios fartos e esse bumbum. Se eu fosse homem te pegava, menina!
- Manuela! Tenho apenas seis meses aqui e ele nunca fez nada.
- Mas, você não o acha bonito?
- Não...quer dizer, sim.
- E nunca pensou nele de outro jeito?
- Claro que não!
Sentei na minha mesa e comecei a  arrumar alguns documentos, séria. Mas, percebi que ela me observava. Eu não aguentei e comecei a rir.
- Ok, sua boba, sim, já pensei!
-Ah, eu sabia! Um dia ainda vou te pegar de surpresa, sentada no colo do chefe.
Que coisa absurda!
-Tô brincando sua boba. Você é muito certinha amiga.
O telefone interrompe a conversa das duas amigas.
- Manuela, por favor, preciso de alguns telefonemas.
- Claro, Sr Marcos, é pra já.
Ela levantou-se, olhou para mim, e piscou, maliciosamente.
            Eu acenei com a cabeça e disse bem baixinho:
- Você é quem vai sentar
- Assim espero! - respondeu baixo.
Manuela é minha super amiga. Linda, ruiva, cabelos longos. Seu corpo malhado era fruto de horas de academia. Ela tinha conseguido esse emprego de secretária executiva para mim. Já conhecia algumas pessoas, fiz amizades muito rápido. Olhei em volta e na minha direta a mesa da Manuela, grudada na minha. Somos responsáveis pela agenda do Sr. Marcos, diretor de uma multinacional, ele sempre precisava marcar reuniões, festas, viagens e nós cuidávamos disso.  Mas, Manuela me escondia algo sobre ele...
- Com sua licença Sr. Marcos?
- Olá, Manuela, tudo bem? Por favor, tranque a porta.
- Claro, Sr.
-Trouxe o que pedi?
-Sim, senhor, está aqui!
- Muito bem! Você está ficando cada vez mais eficiente!
Manuela sabia o que aconteceria logo em seguida. Sr Marcos, um senhor de meia idade, cabelos grisalhos, ainda não aparentava a idade que tinha. Ela sorriu:
- O Sr deseja mais alguma coisa?
- Sim, eu preciso que você dê uma olhada nisso.
- O que senhor?
- Se aproxime e veja!
Manuela se aproxima e observa que Sr. Marcos está apenas de cueca. Mas, não se assusta, pelo contrário.
-Sr. Marcos! O que o Sr. quer?
- Quero sua opinião sobre ele.
Sr. Marcos abaixou a cueca e apareceu um membro já enrijecido.
- Hum, acho que vou precisar dar minha opinião mais de perto.
- Então,  não faça cerimônia.
Manuela ajoelhou-se e começou a chupar. Sr. Marcos se contorcia e acariciava os cabelos sedosos de Manuela.  
- Você me deixa doido, Manuela!
- Sr., humm, muito gostoso! Posso experimentar mais?
- Sim, Manuela, adoro seu nome sabia? Manuela!
Manuela lambia e chupava com muita vontade. Lambia como se fosse um sorvete. E colocava tudo na boca deixando Sr. Marcos enlouquecido.
- Sr. Marcos, o que mais o Sr. quer?
- Sente-se aqui e escreva para mim.
- Como quiser, Sr Marcos.
Manuela virou-se e Sr. Marcos tirou sua calça e logo em seguida, sua calcinha. Sentou-se e foi penetrada facilmente, já estava toda molhada. Pegou o bloco de anotações e uma caneta.
- O que o Sr. quer que eu escreva?
- Eu...
Manuela começou a cavalgar.
- Eu... eu... eu...
- Não estou entendo...Sr. Marcos.
- Quero...que...você...
Manuela cavalgava e ao mesmo tempo tentava escrever algo.
- Ainda, não entendi!
Jogou seus cabelos ruivos para trás, o que sufocou, momentaneamente, o  Sr. Marcos. Ele a abraçou e pegou nos seus seios. Manuela deixou cair o bloco de anotações no chão.
- Ah... Sr. Marcos... adoro quando você vai logo no assunto do dia.
- Manuela...você é um espetáculo de mulher!
Ela virou-se pra ele e ele pode chupar aquele par de seios pequenos. Colocava-os todo na boca, chupando e lambendo.
- Marcos...Marcos...que delicia!
- Sr Marcos!  
- Sr...Sr....
Sr. Marcos deitou aquela ruiva em sua mesa. Cadernos, canetas..blocos...tudo veio a baixo. O que despertou a curiosidade de quem estava do lado de fora. Sr. Marcos ficou por cima de Manuela e a beijou. Depois os seios, mordiscando e chupando. Por fim desceu até entre as coxas...e a chupou. Manuela se contorcia e gemia de prazer. Sr Marcos lambia e a chupava ao mesmo tempo em que suas mãos seguravam aqueles seios.
- Ah...Sr Marcos!
- Manuela, quieta!
- Acho que vou redigir sua carta mais tarde.
- Quieta, quieta!
As pessoas do escritório pararam um pouco e escutaram um barulho estranho vindo da sala do diretor.
- Quero te comer de quatro sua gostosa!
- Sr. Marcos, como vou escrever desse jeito?
- Menina, se comporte ou te mando para o RH
- Ah...era tudo o que queria! Eu, você e a Patrícia!
Ele a coloca de quatro sobre a mesa. O resto dos materiais cai no chão.
Ao penetra-la, Manuela solta um sussurro baixo.
- Manuela você é simplesmente linda! Vou te comer gostoso! Comer!!!
- Ah...vamos ao refeitório...tem ótimos pratos lá!
- Fique quieta, fique quieta!
Sr. Marcos pegou os seios dela e a beijava nas costas e nas orelhas, e puxava aqueles cabelos ruivos. Ele  colocou a mão em sua boca, tentando fazer com que ela se calasse. Ela gemia mais.
- Coloca lá, coloca lá!
- Nem precisa dizer.
Sr. Marcos colocou devagar, era bem apertado e fazia Manuela gemer.
- Ah...vou gozar...vou gozar!!!
- Ah...Manuela....Manuela..aaahhhh.
Os dois perderam os sentidos por alguns instantes. Vestiram-se o mais rápido possível.
- Sr Marcos, mais alguma coisa?
- Manuela...ah...não! Você já pode ir!
- Na quarta, vai querer que eu escreva de novo?
- Sim - respondendo sério - no mesmo horário, Manuela.
Manuela caminha para a porta, vira-se e acena com um beijo.  Sr Marcos, ajeita a gravata e olha fixamente para o computador.
Manuela ao sair da sala do Sr. Marcos olha direto para Roberta pisca e faz um sinal de ok.
- Meu Deus! Essa minha amiga é doida!
Manuela passa pelo corredor e todos os olhares são pra ela.
- Manuela, o que você fez?
- Ah, estava anotando algumas coisas para o Sr. Marcos.
- Vocês fizeram... lá?
- O que você acha?
Manuela abriu parte de sua camisa e eu pude ver uma mordida em seu pescoço.
- Sua maluca!
- Roberta, como ele come gostoso!
- Podem descobrir!
- Quem? Olha para esse escritório. Todos morrem de medo dele. E eu, me aproveito disso. Bem, vamos almoçar hoje?
Fico em transe, por alguns instantes com a boca aberta.
- O que foi? Eu transei com o chefe, pronto. Ele é meu amante. Por que você acha que ainda estou aqui? E por que você acha que está aqui?
Sorrio e desconverso.
- Tá ok, já entendi. Desculpe! Eu te agradeço muito, tá?
- Amiga, estou brincando! Te adoro! Você sabe que faço tudo por você né?
- Sim eu sei, obrigada, tá? É que, me preocupo com você.
- Não precisa. Quem sempre tirava você das encrencas?
- Você!
- Viu?
- É que antes, você me metia nelas.
- Ah, isso é apenas detalhes! Então vamos?
- Naquele lugar? Não gostei de lá, muito mal arrumado.
- Ah, como você é fresca! Bem, de você...espera-se isso mesmo! Vou pegar um café, você quer?
- Não, obrigada. Tomar café é ruim para os dentes.
Manuela mostrou o dedo do meio pra mim e foi para a sala ao lado. Eu sorrio e fico pensando nas loucuras da minha amiga. O telefone toca.
- Escritório do Sr Marcos.
- Roberta - uma voz estranha, meio metálica.
- Sim, quem é?
- Você gosta de morangos, né?
Eu estranho a pergunta.
- Por favor, quem é?
- Gosta ou não gosta?
- Sim - respondi para terminar a conversa
- Que bom! Sei tudo sobre você!
- Por favor, se identifique. Se não vou desli...
- Alguém que sabe seus segredos.
- Como assim? Quem está falando?
- Não importa. Quero saber se você já devolveu aquele dinheiro...
Eu sinto um frio na barriga e uma sensação de desmaio me invadiu.
- Din...din...que dinheiro? Do que você está falando?
- Eu sei que você desviou uma parte do dinheiro da conta de uma empresa para pagar o tratamento de sua mãe.
- Escute, quem está falando. Por favor...podemos conversar em outro lugar? O que, o que você quer?
- Você!
Escuto ele desligar. Fico por um momento com o telefone nas mãos, olhando para o vazio. Um desespero invade meu coração. Olho para os lados na tentativa de descobrir se é alguém do escritório. Olho para todos, desesperada. Pode ser qualquer um, ou ninguém. Alguém de fora? Tomei todos os cuidados. Meu Deus...o que faço? 


            (Continua...)


                                                                Cazador


sábado, 2 de junho de 2012

A FESTA

         Estava em uma festa de amigos e eu, na minha terceira bebida, estava animadíssima. Parei um pouco para descansar em um sofá que estava vazio. Sentei-me, encostei minha cabeça de uma forma que veria todos os convidados dançando, por um momento fechei os olhos.
Senti que alguém havia sentado ao meu lado, mesmo assim fiquei de olhos cerrados quando uma voz doce puxou conversa me mostrando como seus pés estavam sendo massacrados pelo sapato de salto. Ajeitei-me no sofá para ver os “tais pés machucados”... Iniciei um papo amigável com essa mulher que não conhecia. Em menos de 5 minutos estávamos com os copos cheios e risadas animadas saíam de nossas bocas como se nossa amizade fosse antiga.
Uma coisa me chamou a atenção nessa mulher, o decote de sua blusa. Uma blusa de seda (dessas bem fininhas e transparentes) que, apesar da estampa, delicadamente mostrava seus seios. Não conseguia tirar os olhos e fiquei com medo de que ela percebe o meu interesse...    
Levantei-me para pegar duas novas bebidas e ao retornar nossas mãos se esbarraram. Foi irresistível, toquei seu rosto e a beijei. Senti um calor invadir o meu corpo e ao mesmo tempo um medo de ser rejeitada (nunca havia beijado uma mulher!).
Nossas línguas se entrelaçavam, nosso beijo tornou-se cada vez mais úmido e um desejo forte foi tomando conta de nós. Paramos e, quando olhamos ao nosso redor, um amigo estava sentado em nossa frente nos olhando. Percebemos o seu desejo de continuar nos observando... 
Falei ao ouvido de minha nova amiga “que tal se fôssemos para um lugar mais tranqüilo nesta festa?” E, sem surpresa alguma, o convite foi aceito. Era uma casa dessas antigas com grandes e variados cômodos. Não demorou  para encontrarmos um quarto, onde havia muitos livros empilhados e uma pequena cama de solteiro. Deixei a porta aberta, havia percebido que aquele amigo estava nos seguindo.
Foi como um relâmpago invadindo o meu corpo. Não conseguia controlar os meus impulsos e toquei seus seios, perfeitos, com bicos rijos. Minha língua percorria seu corpo, meus seios tocaram os dela. Senti que uma mão invadia minhas pernas e minha calcinha estava sendo arrancada, percebi que um homem chegava à brincadeira... 
Aquela mulher resolveu brincar com meu clitóris, passando sua língua e fui tomada por um desejo de se deixar ser tomada por quatro mãos, por duas línguas e um pênis.
Nunca havia sentido tanto prazer, aquele homem me beijando deixando com que eu tocasse seu membro e, ao mesmo tempo, sendo invadida por uma língua. Fui ao céu!
Tremiam todos os músculos do meu corpo, flutuei. Desliguei-me do mundo por segundos e não queria voltar.
Quando aquele torpor passou percebi o que havia acontecido e, para minha surpresa, decidi retribuir o prazer que havia sentido.
Aquela mulher, que eu nem sabia o nome, me olhava satisfeita. O meu amigo sorria e percorria suas mãos pelo meu corpo e de minha parceira.
Aquele era o momento certo de repetir a dose. Bom, isso já é para outro conto...


                                                               Lisbeth